Data: 19-04-2012
Criterio:
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
As categorias de ameaça não sãoaplicáveis para essa espécie uma vez que essa tem ampla distribuição enão apresenta ameaças diretas ou uso. Portanto foi considerada "Menos preocupante" (LC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Cyathea uleana (Samp.) Lehnert;
Família: Cyatheaceae
Sinônimos:
A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo (Windisch; Santiago, 2012), Paraná (Fernandes, 1997) e Amazonas (CNCFlora, 2011)No Brasil a espécie ocorre em altitudes entre 800 e 1.200 m, no entanto há um registro da espécie em Rio Grande do Sul em altitude de 120 m (Fernandes, 1997)
A espécie ocorre em formações florestais, tais como floresta ombrófila montana e alto montana, como no alto dos planaltos e serras do Rio de Janeiro e na floresta estacional semidecidual de Minas Gerais (Fernandes, 1997).A espécie é terrícola, ocorre no interior da mata, crescendo em lugares sombrios e úmidos, em barrancos ao longo de trilhas, beiras de córregos ou sobre rochas (Fernandes, 1997).
1.7 Fire
Detalhes
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
1.4 Infrastructure development
Detalhes
O início do processo de ocupação do Vale do Rio Macaé, RJ, remonta aos anos 1820, quando o projeto de colonização planejada iniciou na fazenda Morro Queimado, atual município de Nova Friburgo. O ciclo de café e cana de açúcar passaram pelo local mas as condições climática não propícias desestimularam a permanência dessa culturas ao longo do século XIX. Passou-se então a desenvolver uma agricultura de subsistência e de base familiar em pequenas e médias propriedades, dedicadas ao feijão, mandioca, hortaliças e em menor quantidade, à criação de animais (Mendes, 2010; Corrêa, 2008). As metodologias para aumento da produtividade levaram os produtores a utilizarem defensivos agrícolas que causaram alterações no equilíbrio físico, químico e biológico do solo, aumentando a susceptibilidade das lavouras ao ataque de pragas e doenças, contaminação dos recursos naturais e dos alimentos. Tais danos ambientais reduziram a produtividade das lavouras e obrigaram os agricultores a entrarem num ciclo vicioso de utilização cada vez maior de insumos perigosos ao meio ambiente que diminuem o potencial produtivo do solo. Hoje, devido a beleza paisagística do local, as práticas agrícolas estão cada vez mais sendo substituídos por atividades vinculadas ao turismo, tais como à construção civil, o comércio e prestação de serviços para atenderem as novas demandas da região (Mendes, 2010)
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração, extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no Estado de São Paulo (Costa, 1997).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007)
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Reserva Estadual de Macaé de Cima, Parque Nacional do Itatiaia, Reserva Ecológica do Município de Nova Friburgo, RJ, Estação Ecológica de Bananal e Reserva Biológica Alto da Serra, SP (CNCFlora, 2011)
- COSTA, J. P. O. Avaliação da reserva da biosfera da Mata Atântica. CONSELHO NACIONAL DA RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA, v. 6, p. 48, 1997.
- AXIMOFF, I. O que perdemos com a passagem do fogo pelos campos de altitude do estado do Rio de Janeiro?. Biodiversidade Brasileira, v. 2, p. 180-200, 2011.
- MENDES, S. P. Implantação da APA Macaé de Cima (RJ): um confronto entre a função social da propriedade e o direito ao meio ambiente ecologicamente preservado. , 2010.
- CORRÊA, M. J. B. O cotidiano de Nova Friburgo no final do século XIX: práticas e representação social. Rio de Janeiro, RJ: Educam, 2008. 504 p.
- FERNANDES, I. Taxonomia e fitogeografia de Cyatheaceae e Dicksoniaceae nas regiões sul e sudeste do Brasil. Tese de Doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 1997.
- WINDISCH, P. G.; SANTIAGO, A. C. P. Cyatheaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB090850>.
- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Cyatheaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.
- AXIMOFF, I.; RODRIGUES, R. C. Histórico dos incêndios florestais no Parque Nacional do Itatiaia. Ciência Florestal, v. 21, n. 1, p. 83-92, 2011.
- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.
- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
CNCFlora. Cnemidaria uleana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Cnemidaria uleana
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 19/04/2012 - 14:36:20